O trombonista, compositor e arranjador Rafael Rocha lançou, em abril, single com a versão do clássico de Ary Barroso “Aquarela do Brasil”. A faixa soa já no espírito do que deve vir a ser oRafael Rocha Big Band, nome do álbum a ser lançado no segundo semestre desse ano.
Rafael encara e vence o desafio de arranjar uma música com inúmeras gravações trazendo, no arranjo cheio de climas e cores, novos pontos de vista. E isso bebendo nas águas da melhor tradição das orquestras de gafieira. Tudo executado por uma constelação dos instrumentos de sopro (e de todos os outros) no Brasil. Obandolim de Hamilton de Holanda traz aquela cerejinha no bolo saboroso de sonoridades dessa aquarela.
A qualidade é consequência de um trabalho consistente do trombonista na música brasileira. Rafael transita do pop de Ludmilla, com os arranjos de sopros e o trombone em faixas do álbum Numancine #2, ganhador do Latin Grammy 2022 na categoria “Melhor álbum de samba-pagode”, ao jazz brasileiro de Antônio Adolfo no álbum BruMa,celebrando Milton Nascimento, indicado ao Grammy no ano de 2020 na categoria de Melhor Álbum de Jazz Latino.
Na música instrumental participou, e ainda participa, de grupos como o Brasilidade Geral, que entre os trabalhos tem como destaque o DVD Brasilidade Geral & Bob Mintzer - Ao Vivo (2012). Também tocou nos álbunsMeu País em parceria com Ivan Lins (2019); Base & Brass, do saxofonista Idriss Boudrioua; e a R3 Special Big Band, com os irmãos Roger Rocha e Renato Rocha.
O artista, de 34 anos, possui ainda trabalhos como trombonista e arranjador de grandes nomes e orquestras da música nacional e internacional, como Djavan, Hamilton de Holanda, Dori Caymmi, Arthur Maia; Letieres Leite, Orquestra Brasil Jazz Sinfônica (SP), Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), Orquestra Filarmônica dos Espírito Santo (OFES), Chad LB and the Global Big Band (EUA), Orquestra Tom Jobim (EMESP), SFJAZZ High School All-Star Big Band, Orquestra Atlântica (RJ) e Amazônia Jazz Band entre outras.
A faixa teve Rafael Rocha no trombone, arranjo e direção Musical; Hamilton de Holanda no bandolim; Eduardo Farias no Fender Rhodes; Jorge Helder no baixo acústico; Paulinho Vicente nabateria; Dadá Costa na percussão; Idriss Boudrioua, Danilo Sinna, Marcelo Martins, Roger Rocha e Henrique Band nos saxofones; Altair Martins, Jesse Sadoc, Jorginho Trompete e José Arimatéa nos trompetes; Wanderson Cunha e Leonardo Ramiro nos trombones e Jonas Hocherman no trombone baixo. A sessão rítmica foi gravada no estúdio 2 por Fabrício Matos e a sessão de sopros no DS Studios por Danilo Sinna, tudo com mixagem e masterização de Roger Rocha.
A cantora Tatiana Gomes lança o EP Romance em parceria com pai, o baterista Alfredo Dias Gomes. O trabalho, a segunda colaboração entre pai e filha, foi gravado no estúdio dele na Lagoa e masterizado no Abbey Road, em Londres.
Tocaram no EP Alfredo dias Gomes na bateria, Jefferson Lescowich no baixo, Jessé Sadoc no trompete e Yuval Ben Lior na guitarra. As cinco faixas foram compostas por Alfredo Dias Gomes, sendo duas delas em parceria com Tatiana: a música de abertura do trabalho, Ver o Mar, e Essa Canção. Também estão no EP Quando Vi você, Tudo Para Mim e Vem Dançar.
Ao ouvir as canções, que falam sobre relacionamentos amorosos, além do timbre claro de Tatiana, com vibratos precisos e bonitos nas notas mais agudas, vale destacar a qualidade dos músicos. Ainda que seja um trabalho de cantora, não há economia de espaço para a performance nos instrumentos, ressaltando os solos de Yuval Bem Lior em Quando Eu Vi Você e Ver o Mar, que também tem Jefferson Lescowich improvisando na introdução, e o de Jessé Sadoc em Vem Dançar.
Desde jovem Tatiana já cantava em jingles e trilhas, além de ter trabalhado fazendo vocais de apoio. Como cantora, já se apresentou em palcos como Mistura Fina e no Teatro Municipal Paulo Gracindo, em Petrópolis. Tatiana também é compositora, tendo parcerias com Daniel Mendonça e Sérgio Naciffe (Dançando na Lua) e Jorge Simas (Cantiga Pra Ninar Quem se Ama) e Victor Lósso (Domingo em Casa). Com o pai, já lançou, em 2019, o EP Tributo para Michael, com as músicas do cantor dos EUA Interpretadas em formato acústico.
O prodígio do jazz, pianista, cantor e saxofonista colombiano de Sincelejo, fez uma rápida turnê de workshops no Brasil tocando em três cidades: Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Na capital do Paraná, o evento aconteceu na Primeira Igreja Batista de Curitiba, no dia 9 de maio. No dia 10 foi a vez da Igreja Metodista Wesleyana de São Paulo. No Rio de Janeiro, dia 12 de maio, foi também na Igreja Metodista Wesleyana, esta localizada no bairro da Taquara. A abertura foi do tecladista Léo carvalho.
Renato Vieira, da Sommexe, esteve presente no evento do Rio de Janeiro e contou para a Revista Backstage como foi. “Estivemos, sexta a noite, junto com mais de 100 outros músicos, com o imenso musico pianista ser humano gentil simpático e iluminado Jesus Molina no Workshow que ministrou em Jacarepaguá, que nos deixouimpactados e apaixonados por sua genialidade, virtuosismo e humildade. Esse sim ´é um verdadeiro mito da nossa era que resume em seus dedos o legado dos grandes pianistas da história”, exalta Renato.
Renato Vieira aproveitou para colocar à Molina o problema acontecido entre ele e outro músico internacional, que confundiu o compartilhamento que Renato fez de uma performance musical como fã no Youtube com o uso comercial indevido do vídeo. O canal de Renato acabou sendo derrubado. “Ficamos expostos a esses strikes sem sentido algum num mundo em que a exposição midiática se associando à imagem do famoso é contumaz”, apontou Renato. Molina ouviu Renato e ponderou que a o problema pode ter sido causado pelo algoritmo do Youtube, eximindo o artista de culpa. “Foi um momento muito bom em que eu pude praticamente falar por todos os presentes que, como eu, correm o risco de sofrer strikes”, comemorou Renato Viera.
A abertura do workshow de Molina ficou a cargo do tecladista, compositor e professor de piano e teclado Léo Carvalho. Com raízes musicais na igreja evangélica e influências no Rock/Metal, erudito e neoclássico, lançou o primeiro álbum lançado em 2012 com a Banda 7th Symphony. Atualmente é tecladista e compositor no Projeto Parabellum e Criador do método KeyMaster para teclado.