Em coletiva de imprensa no dia 03 de julho, o governador do estado de São Paulo, João Dória, estabeleceu os protocolos para a abertura de atividades culturais, eventos e convenções com público sentado. Os critérios são definidos a partir de cinco cores que indicam a gravidade da pandemia no estado: vermelho (fase 1) para alerta máximo, laranja (fase 2) para manter ações de controle, amarelo (fase 3) para flexibilização das ações, verde (fase 4) para abertura parcial e azul para liberação (acesse aqui o documento com os protocolos)
Para atender às especificidades de disseminação do covid-19 no estado, este foi dividido em regiões nas quais são apuradas, separadamente, a cor da fase da pandemia na qual se encontra a região. A capital do estado está em fase amarela desde o dia 29 de junho. Se conseguir manter isto durante 28 dias consecutivos, já será possível o início de atividades culturais, eventos e convenções com público sentado a partir de 27 de julho.
No entanto, há condições para este funcionamento: ocupação máxima de 40% do local, funcionamento por, no máximo, seis horas por dia, público sentado e assentos com distanciamento de, no mínimo, 1,5 metros e uso obrigatório de máscaras, além da venda online de ingressos com lugar marcado e horário pré-agendado, sem consumo de alimentos e bebidas (acesse aqui o documento com as fases e critérios para reabertura de atividades econômicas em São Paulo).
O ponto de vista dos promotores de eventos
Doreni Caramori (divulgação)
O presidente da Abrape comemora a atitude do governo de São Paulo. Doreni Caramori ressalta que esta é a primeira indicação oficial para que o setor de eventos possa planejar a volta às atividades. “O calendário de liberação de eventos no Estado de são Paulo sem dúvida trouxe boas perspectivas. A primeira delas é que deu um norte de planejamento para o setor. Ainda que com alguma insegurança, ele permite que nos reorganizemos dentro daquelas bandeiras que foram colocadas e sobre os tipos de eventos que acontecem em cada uma das bandeiras”, coloca.
A partir do diálogo dos líderes estaduais da entidade, Caramori vê uma disposição similar à de São Paulo, ainda que com algumas diferenças entre eles. O presidente da Abrape também reforça a posição da entidade de evitar uma volta prematura, mas defende o debate objetivo sobre a reabertura das atividades na área de eventos. “O panorama é muito parecido com o de São Paulo. Há aqueles que não querem discutir eventos ainda, há aqueles que querem discutir mas ainda com pouca objetividade, há aqueles com mais objetividade, como o estado de São Paulo, e há ainda o pleito da Abrape que é estabelecer as variáveis para o retorno (das atividades) condicionado a elas. Mas o debate está sendo feito em todo o Brasil com a ideia de buscar um cenário menos incerto, com variáveis e indicadores mais claros para que as empresas possam se planejar. O importante é reforçar o debate nesse momento. Nesse sentido quero reforçar a importância e o objetivo e o desafio que a Abrape tem que é estimular, nesse momento, o diálogo para que isto, no tempo presente, nos leve a ter um planejamento futuro com o menor nível de incerteza possível”.
Com todas as incertezas, Caramori comemora a volta dos eventos à pauta. “Acho que dá para ter a expectativa positiva, principalmente no sentido de que é um tema que há muito tempo não era debatido. Os demais setores já estavam sendo discutidos. A parte negativa é que ainda não se tem, como um todo no Brasil, cenários muito objetivos. É nesse sentido que a Abrape está trabalhando”, reforça.