A 11ª edição do festival Best of Blues and Rock foi realizada em São Paulo no último dia 22 de junho, no lado externo do Auditório Ibirapuera. Com abertura dos artistas paulistanos Di Ferrero e CPM 22 sob forte sol da tarde, o festival contou com três guitarristas consagrados do rock/blues/funk/metal e demais estilos, numa espécie de evolução do consagrado festival guitarrófilo G3. Por uma grande felicidade, quem vos escreve assistiu aos shows do próprio backstage!
Eric Gales, considerado um prodígio Hendrixiano desde seu fabuloso “The Eric Gales Band” de 1991, quando tinha apenas 17 anos, mostrou sua simpatia e amor pelo Brasil ao tocar guitarra como um berimbau em seu poderoso e acrobático “capoeira riff”. Uma medley no final do show com referências a “Voodoo Chile” de Jimi Hendrix, “Kashmir” do Led Zeppelin e “Back in Black” do AC/DC levou o público ao delírio. Sua apresentação seguiu seu bordão dito em alto e bom som e com todo seu sotaque: foi “du caralyou”!
Joe Bonamassa, outro prodígio famoso pelos vídeos no Youtube quando adolescente e sua enorme coleção de guitarras e amplificadores, mostrou por que é talvez o mais elegante músico de blues rock da atualidade. E não foi pelo terno impecável usado no show. Num show poderoso, acompanhado de uma mini big band de blues, Joe também homenageou o Led Zeppelin com um medley tocando partes da operática “Dazed and Confused”.
Zakk Wylde fechou a noite com seu power trio / banda tributo Zakk Sabbath, tocando como o poderoso trator sonoro que é. De coturno e kilt, e uma voz remetendo ao Ozzy dos idos de 1970, Zakk tocou clássicos como “Supernaut” e “Children of the Grave”, encerrando com “War Pigs”. Um detalhe interessante foi um roadie tipo “cabo man” que ficava desenrolando os cabos de guitarra e baixo durante o show. Show de metal raiz é isso!
Infelizmente, não houve a tão esperada jam session ao final do show, sugerida por um jornalista durante a coletiva de imprensa na tarde do evento. Com excelente organização, o Best of Blues and Rock deve estar na agenda anual de quem curte o melhor dos expoentes contemporâneos dos dois estilos. E aplausos para a Urbia Parques, empresa que administra o Parque do Ibirapuera desde 2020 e o está elevando ao nível dos grandes parques musicais como o Central Park em Nova York e o Hyde Park em Londres.