Reportagem: Miguel Sá. Fotos: Reprodução Instagram / Frazer Harrison / MJ Kim
Mais um dia triste para a produção musical. Ele mesmo, uma das lendas do áudio, Al Schmitt ganhou 20 Grammys trabalhando com lendas da música como Henry Mancini, George Benson, Toto, Steely Dan e Quincy Jones.
Schmitt começou a se interessar por engenharia de som quando ia no estúdio de gravação de seu tio, Harry Smith. O estúdio abrigava sessões para a Brunswick Records, incluindo gravações com Bing Crosby. Depois de servir na Marinha dos Estados Unidos, ele trabalhou como auxiliar na Apex Recording Studios aos 19 anos, com engenheiro Tom Dowd. Um dia, Schmitt teve uma surpresa: uma sessão de gravação com Duke Ellington e sua orquestra. Schmitt era o único no estúdio naquele dia e acabou tendo esse batismo de fogo como engenheiro de som.
Em 1958, Schmitt mudou-se para Los Angeles. Em 1963 começou a trabalhar na RCA, em Hollywood. Lá, trabalhou em álbuns de Henry Mancini, Cal Tjader, Sam Cooke emuitos outros. Schmitt também comandou as sessões de gravação realizadas na RCA para o primeiro filme pós-exército de Elvis Presley para a Paramount Pictures, realizadas em 1960.
Em 1966, Schmitt deixou a RCA e se tornou um produtor independente, produzindo álbuns para Jefferson Airplane, Eddie Fisher, Glenn Yarborough, Jackson Browne e Neil Young. Em meados dos anos 1970, voltou a trabalhar mais como engenheiro de som, gravando e mixando.
Com Ray Charles.
Outros destaques da carreira incluem os álbuns de duetos de Frank Sinatra, Ray Charles e Diana Krall, Sammy Davis Jr., Natalie Cole, Thelonious Monk, Elvis Presley, Tony Bennett, Madonna, Michael Jackson e muitos outros.
Com Diana Krall.
Schmitt nasceu em 17 de abril de 1930 e morreu em 27 de abril de 2021, aos 91 anos.