Minha infância em Vila Isabel foi passada entre portugueses. Namorados – e depois maridos – de primas, comerciantes amigos de meus pais, a todos eles eu encontrava em meio a sambas e fados nos intermináveis saraus que rolavam na nossa varanda do segundo andar de um pequeno prédio na rua Major Barros. O sotaque português sempre me soube (olha aí o lusitanismo!) a uma infância de violões, madrugadas, risos e amizade.