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REPORTAGENS / Matérias Completas

Coronavírus e o mercado da música

03/04/2020 - 17:52h
Atualizado em 30/07/2020 - 09:12h


 

Repórter: Miguel Sá / Fotos: Divulgação

 

Já dá para dizer que o virtual se tornou o real?

As notícias vem chegando. A onda vem subindo, subindo... E eis que, de uma hora para outra, chega ao Brasil o coronavírus. O que parecia ser uma turbulência em lugares longínquos, definitivamente, afeta o cotidiano dos empresários e trabalhadores do país. 


Se já afetou o dia a dia dos trabalhadores com salário fixo e empresas com demandas bem definidas, o que dizer então do mercado cultural, e mais especificamente da música? Durante mais de uma década, músicos e técnicos de som se prepararam para um mercado onde o show reinava absoluto. Mas show significa concentração de gente, o que, durante algum tempo, não poderá acontecer. 
Com a pandemia do coronavírus, grandes eventos musicais foram adiados ou cancelados e músicos, técnicos e também a indústria e o comércio ligados aos shows se viram sem a maior fonte de rendimentos. E como estes segmentos estão vendo isso? Como os afetou? Que alternativas estão sendo vislumbradas? 

 

Empresas
Alexandre Medeiros é o gerente de vendas da representação da Shure no Brasil. Ele não hesita em dizer que o impacto da pandemia na empresa foi imediato. “Os negócios pararam porque os clientes são totalmente relacionados à entretenimento. Com a agenda de atividades parada o reflexo foi instantâneo. Já na segunda semana de março foi totalmente evidente esse impacto”, conta.
A atitude imediata foi a empresa permanecer conectada e incrementar as relações online. “O trabalho está alinhado nas demandas internas e no desenvolvimento de projetos que estavam caminhando junto aos nossos parceiros e clientes”. Entre as providências da empresa está o redirecionamento das atividades online da capacitação para a relação com os clientes. “As atividades sempre foram realizadas no nosso escritório em São Paulo e agora estamos adaptando isso para o universo on-line.  Temos uma agenda de webnários e lives. Sem dúvidas, é o que tem nos mantido conectados aos clientes, parceiros e prospects”.

 


Alexandre Medeiros, gerente de vendas da representação da Shure no Brasil. Foto: Divulgação


Medeiros acrescenta que a atividade virtual da empresa ganha importância não só na época da pandemia, mas também para quando a situação ganhar uma normalidade. “O mundo já mudou e a questão de todo mundo estar trabalhando numa esfera online vai trazer uma nova prática de negócios e uma nova metodologia de trabalho”. O gerente de vendas adianta que já há novas ideias sendo preparadas, mas que ainda não podem ser expostas.

 


O gerente de vendas da GSB Pro Audio, Vladimir Ganzerla, que representa os consoles Waves E Motion no Brasil, também relata surpresa com a rapidez dos acontecimentos. “Não tinhamos nada preparado especificamente para on-line”, comenta. Mas também não dormiram no ponto. “Foi por causa da pandemia que corremos para darmos um pouco mais de conhecimento para os técnicos e engenheiros de áudio que foram obrigados a ficar em casa. Isso fez ocupar o tempo ocioso de todos.

 


Vladimir Ganzerla, gerente de vendas da GSB Pro Audio.

 

Percebemos que foi muito bem aceito, assim já estamos planejando outros. A empresa está em contato com a AudioSeminars para continuar realizando os treinamentos online para clientes.

 

Técnicos de som
Os profissionais de áudio foram atingidos em cheio, com eventos e trabalhos cancelados. Tito Menezes, que é também um dos coordenadores do SemanÁudio, já mantinha atividades online, com entrevistas e reportagens. “Apenas ficou mais intensa!” afirma o profissional de áudio. Tito acredita que, quando a situação voltar à normalidade, a tendência é de uma volta forte das atividades presenciais. “As redes sociais irão dar uma parada brusca após isso. As pessoas querem sair de casa de qualquer jeito! A rede social é um pedaço do nosso mundo. Apenas isso!”.

 


Tito Menezes, um dos coordenadores do SemanÁudio

 

No entanto, a pandemia teve uma consequência imediata para o SemanÁudio, que é, hoje, um dos maiores eventos que reúne os profissionais de áudio. “Mudamos a data do evento, que seria agora em maio, para os dias 10,11 e 12 de novembro. As pessoas estão temerosas com o q vai acontecer daqui pra frente no mundo, mas estamos confiantes. O evento será fantástico. Aconteça quando acontecer. É preciso fé para que, quando isso passar, tenhamos uma nova visão sobre nossa carreira e nosso posicionamento no mercado , além de organização financeira e capacitação profissional”, ressalta. O SemanÁudio também está cadastrando doadores e profissionais do entretenimento que estejam precisando de ajuda durante a quarentena (veja link no fim da matéria).

 


Rodrigo Lopes, engenheiro de som e professor de produção fonográfica na Faetec (Tatuí - SP). Foto: Leonardo Camargo e Ettore Bruni.


Professor no curso de produção fonográfica na Fatec de Tatuí (SP), Rodrigo Lopes é engenheiro de som. Ganhador do Grammy na categoria Melhor Álbum de Jazz Latino em 2016, com a pianista e cantora Eliane Elias, também já trabalhou com Chico Buarque, Lulu Santos, Roberto Carlos e Caetano Veloso, entre outros.  Já há dois anos o profissional de áudio investe em conteúdo online relacionado à mixagem. “Lancei meu curso online de mixagem, mas não fiquei completamente satisfeito com o formato. Depois comecei a lecionar em Tatuí, e o projeto parou, mas agora estou trabalhando novamente no conteúdo.  Enquanto isso, vou lançar aulas de mixagem individuais online, que já usei algumas vezes. É mais recente para mim, mas acho que funciona bem”, pondera. 

 


Como o engenheiro de som já tinha uma atividade de mixagens em home studio, a pandemia não chegou a ter um impacto imediato em toda a rotina profissional. A parte do ensino é que foi mais afetada, mas Rodrigo acredita que ainda é cedo para avaliar os impactos, ou mesmo saber se as atividades online já podem atenuar a interrupção das atividades presenciais. “Acredito que possam atenuar, mas ainda é cedo para avaliar como serão esses impactos. Quem sabe a gente não encontra um novo modelo para a indústria musical, nessa crise? As aulas das faculdades estão suspensas, e será um grande teste para o ensino à distância nessas instituições. Quanto ao trabalho no home studio, não mudou muito”. 

 


José Luiz Carrato é conhecido como "Zé Heavy"


José Luis Carrato tem uma folha corrida extensa nos estúdios e  P.As de grandes artistas campeões de shows, como as bandas Capital Inicial e Sepultura. Também costuma fazer turnês com bandas do gênero que o batizou no meio como “Zé Heavy”. No começo de 2020 ele já percebeu que havia algo errado. “Já se ouvia alguma coisa sobre isso, mas era bem pouco e estava longe de nossos pensamentos chegar ao nível de pandemia. Vivemos várias epidemias, que nem sequer chegaram a interromper ou mesmo adiar as nossas funções. Eu, particularmente, não imaginava chegar ao ponto de Isolamento Social, lockdown, adiamentos, cancelamentos…”


E não foram poucas as consequências diretas sobre a agenda de trabalho de José Luis. “Eu estava comprometido com uma banda aqui no Brasil, mas declinei uma bela tour com a Noturnall, com quem estive na Russia no ano passado. Eles foram para a Europa para ficar um mês e voltaram depois do segundo show, por conta das medidas de emergência. Claro que todos os agendamentos que eu tinha foram cancelados. Nós, que vivemos da arte, estamos à deriva. Fico realmente feliz em ver alguns artistas tendo atitudes positivas com a sua equipe, mas são poucos. Algumas empresas estão ajudando com doações de cestas básicas e vai ajudar muitos dos nossos. Temos que lembrar que não é só de técnicos e roadies que vive o nosso mundo (veja link no fim da matéria). Um show, um evento, envolve muita gente e cria vários trabalhos indiretos. Todos nós, dos carregadores aos empresários estamos no mesmo barco. A situação no exterior é a mesma daqui: profissionais da área tentando se reinventar. Vejo técnicos europeus vendendo seus equipamentos, procurando mixagens de álbuns… nem um pouco diferente daqui”, ressalta.

 


O profissional não tem atuado muito em estúdio, mas tem notícias dos movimentos que ocorrem na área. “Sei de gravações sendo reagendadas. Não tem nem como pensar em colocar uma banda para tocar, e mais a estrutura de um estúdio para rodar, em dias de Isolamento Social. Mixagens Online estão acontecendo, e também as Masterizações. Video conferências são uma ótima solução para dar andamento aos trabalhos”, aponta. 


Ainda que aponte o “online” como uma saída, José Luis ainda está testando possibilidades. “Quem me conhece sabe que eu vim dos estúdios e, depois de alguns anos, migrei pro palco. Eu faço algumas produções, mas são escolhidas a dedo e não eram uma prioridade na minha vida. Pelo menos ultimamente. Neste momento não adianta se desesperar. Vamos aproveitar que temos tempo para nos reciclar, rever conceitos e aprender novas técnicas. Muita gente boa está fazendo lives, com ótimos profissionais, e grandes marcas fazendo seu trabalho não só divulgando produtos, mas incentivando o profissional. Nesta semana mesmo eu me inscrevi num concurso de Mixagem. É uma fórmula já conhecida minha, mas é a primeira que eu tenho notícia feita aqui. E que venham mais atitudes como esta”.

 

Músicos
Shows cancelados, viagens interrompidas... as consequências para quem vive de shows foram bastante sentidas. A cantora Joyce Moreno estava em turnê na Europa quando a crise começou a apertar por lá. “Já estava sendo visto com bastante seriedade, e todos tomando todas as precauções indicadas. Nos países por onde passei, Finlândia e Alemanha, cada um com sua maneira de lidar com a situação, tive sempre uma sensação de segurança, de que as autoridades sabiam o que estavam fazendo”, relata.

 


A cantora Joyce teve shows cancelados na Europa. Foto: Minna Hatinen


Os shows cancelados deixaram prejuízo na turnê. Joyce chegou a ser a última atração de uma das casas de show onde tocou antes do confinamento começar na Alemanha. “Para minha vida profissional, especificamente, tem sido um impacto enorme, pois minha agenda é cheia de viagens ao exterior, e neste ano eu teria várias. As viagens estão sendo adiadas ou canceladas em efeito dominó. Entre a Finlândia e a Alemanha havia alguns concertos na Itália, que foram cancelados. E meu concerto no Stadtgarten Jazz, em Colônia (Alemanha) foi o último deles: no dia seguinte, a casa fechou e cancelou todos os shows seguintes, por tempo indeterminado”.


Joyce tem falado bastante com os colegas de profissão de fora do país. Entre as diferenças que percebe entre o Brasil e os países europeus, está a proteção aos profissionais da cultura. “Todos estão super preocupados com os cancelamentos de suas agendas. Na Europa, muitos países estão dando um suporte financeiro para a área cultural, não só para as orquestras e conservatórios, onde a maior parte dos membros são funcionários públicos, mas também para os autônomos. Há uma possibilidade de que o governo norte-americano também faça isso, talvez em nível estadual. É o que tenho ouvido dizer. Cada país tem sua política nesse sentido, mas de modo geral, o setor cultural é considerado prioritário na Europa. Os Estados Unidos são menos cuidadosos com isso, meio na base do ‘cada um trata de si’. Os músicos que não estiverem ligados a algum trabalho fixo, em universidades, por exemplo, estão por conta própria”, conta. 

 


As lives, por sua vez, já funcionam bem na divulgação, mas ainda não há perspectiva de retorno financeiro. “Tenho uma fanpage no Facebook e acabo de entrar no Instagram. E as gravadoras com quem trabalho, Biscoito Fino no Brasil e Far Out no Reino Unido, também cuidam da minha divulgação. já fiz uma live semana passada e gostei muito. E pela resposta das pessoas, acho que elas também. Isso faz bem à saúde mental de quem assiste e de quem faz também!”


Não só por conta do coronavírus, Joyce lamenta a situação de quem trabalha com cultura no Brasil. “Vejo nossa classe artística, que já vinha sendo atacada de todas as maneiras, absolutamente desprotegida nesse momento. Estamos todos num trapézio sem rede. E não falo só dos músicos, mas de toda uma cadeia produtiva, técnicos, produtores, todos mesmo. E ainda assim, estamos fazendo lives, sem qualquer remuneração, para ajudar na saúde mental do público. Aqueles que diziam que ‘nunca precisaram de artistas’ deveriam rever essa opinião bizarra. Somos aqueles que zelam pela alegria do mundo. Merecemos respeito!”, reforça. 

 


A cantora e professora de canto Aline Paes teve que interromper a gravação do seu segundo álbum. Foto: Thaís Monteiro


Além de cantora, Aline Paes também é formada em produção cultural pela Universidade Federal Fluminense. Com trabalho próprio como cantora e atuação como professora de canto, ela também é crooner do Baile do Almeidinha, o projeto alternativo do bandolinista Hamilton de Holanda. “Os impactos no meu trabalho foram diretos. A começar pela série de cancelamentos de shows e aulas particulares, minhas fontes de renda principais. Tinha shows regulares e shows agendados até junho, além de trabalhos de produção cultural. Além disso, projetos pessoais que estava produzindo como workshops e audições de discos com nomes relevantes da música do Rio de janeiro, com perspectiva de realização em abril, também foram suspensos. O processo de gravação do meu segundo disco também está em suspenso, meu principal projeto de carreira no momento”.


Para driblar a situação, a cantora, que já tinha uma atividade regular online, intensificou os trabalhos nas plataformas digitais. Nas experiências com transmissões ao vivo pelas redes, Aline experimenta vários formatos. “fiz lives compartilhadas tentando tocar ao vivo, o que é muito difícil, por conta do delay; fiz lives sozinha, o que me fez criar formas de cantar acapella e me acompanhando de percussão, já que não toco instrumento de harmonia e também de transmissões ao vivo dentro de uma série que realizo desde o ano passado chamada O que você ouve?. Também vou participar do Festival Siacalma, com diversos artistas brasileiros da cena independente, promovido pelo Coletivo EMMA e do festival internacional Homestage. Em suma, a rotina online da minha carreira aumentou muito, dando a sensação de que estou ativa, porém o retorno financeiro ainda não existe. Diante disso, o desafio é pensar em como conciliar o uso da rede equilibrando acesso de arte com qualidade para milhares de pessoas recolhidas e o retorno financeiro”, diz.

 


Como produtora, Aline percebe um movimento intenso mas ainda inicial sobre a monetização das redes para o artista. “Como é tudo muito recente e inédito, ainda há muita discussão e troca de muitas informações, mas poucas opções concretas para monetizar. No momento são os festivais online, que incentivam contribuições espontâneas do público, aulas online e a busca por plataformas que possam transmitir atividades ao vivo mediante pagamento. Tem alguns municípios e Estados que estão abrindo editais para apresentações online de artistas locais mediante repasse de cachê. No Rio de Janeiro ainda não houve política pública nesse sentido.  Acho que algumas das novas práticas irão permanecer e ações online vão ganhar ainda mais força.  Sem dúvida é um período de reinvenção e muitas dessas novas ideias têm grandes chances de permanecer”, comenta.

 


Duo Latexxx. Foto: Ana Paula Moniz / Beca Brechó

 

As consequências também se fizeram sentir no cenário do rock alternativo. Fábio L. Caldeira integra o duo Latexxx, com a pianista e cantora Gabriela Camilo, e a banda Robôs Efêmeros, que se apresenta com Fausto Fawcett. Também é sócio do selo Baratos da Ribeiro, em parceria com Maurício Gouveia, proprietário da loja de discos e livros com o mesmo nome. “A pandemia veio chegando ao Brasil em fevereiro, enquanto lançávamos o nosso novo EP, que saiu em vinil, junto com a estreia do selo. Chegamos a fazer três apresentações de lançamento ao longo do último mês, participamos de programas de rádio, mas assim que o vírus chegou pra valer mesmo aqui, toda a nossa programação de produção caiu. Estávamos começando a produção do primeiro videoclipe deste nosso EP novo, preparando show em conjunto com uma super festa carioca que aconteceria em Abril, uma pequena excursão pela região serrana do Rio indo até Juiz de Fora, em Minas, também estava sendo planejada. Foi preciso adiar tudo. Isso só com o Latexxx! Nossos shows com os Robôs Efêmeros agendados para abril e maio em São Paulo, três datas ao todo, e em junho aqui no Rio estão sendo reagendados para não se sabe quando.

Fora para os artistas de massa, Fábio ainda não vê uma boa perspectiva de remuneração a partir do online. “Para o artista independente, o show e a venda de produtos, como discos, camisetas e afins, a aproximação com seu público, o já existente e o em potencial, são fundamentais para subsistir financeiramente. E todas as muitas questões, mal resolvidas, sobre o mercado online, de streaming e download estão aí pra não nos deixarmos enganar: é muito difícil fazer uma grana que dê para pagar contas e despesas dependendo de repasses por execução pública, seja online ou não. E essa realidade se reflete na questão da remuneração por execução dos vídeos também. Aí entramos na questão destes vídeos que muitos artistas como nós têm produzido, transmitido ao vivo, os lives nas redes sociais, desde que o isolamento social e a quarentena chegaram pra valer. Questões como qualidade de áudio e vídeo, que requerem investimento em equipamentos e mão de obra nada baratos, e o próprio convencimento do público a pagar por isso, ainda são impedimentos para a maioria dos músicos. Há, sim, claro, a alternativa de fazer a sua transmissão como der e ‘passar o chapéu’ para o pessoal que estiver do outro lado da tela através de, por exemplo, transferências bancárias e tal. Mas, sinceramente, não vemos o público abraçando esse reconhecimento ao artista. 

 

 

Ainda assim, o músico percebe a possibilidade da permanência de práticas incentivadas pelo atual contexto desfavorável. “Essas novas práticas já são uma realidade. Há alguns anos já é possível assistir em tempo real, com boa qualidade de imagem e som, transmissões online de festivais importantíssimos pelo mundo todo. Isso já é parte do jogo. Assim como a venda de ingressos para shows e de produtos, discos e camisetas, e o contato direto com o seu público na web também o são. Mas, no que diz respeito exclusivamente às transmissões de shows, isso ainda está longe da realidade da maioria das bandas e artistas. Uma transmissão com boa qualidade audiovisual não custa menos do que quatro, cinco mil reais, que é o preço de uma prensagem de um mil CDs ou de duzentos e cinquenta compactos em vinil, comparativamente. E que banda ou artista pode encarar um investimento desses? Não a maioria dos independentes, como nós. Então, não acreditamos que as atividades online ganhem centralidade em relação aos shows ao vivo, não. Pelo menos não ainda. O que elas já são é complemento da experiência presencial, digamos. E uma coisa integra e ajuda a vender a outra. Mas, não só por essas questões técnicas e financeiras mencionadas, mas pelo envolvimento, a proximidade e o calor – em situações normais, e não em meio a uma quarentena –, o show presencial ainda é algo insubstituível na experiência musical. E, provavelmente, será assim para sempre".

 


 

Para saber mais:

As iniciativas em todo o Brasil para doações aos profissionais do entretenimento

https://www.revistabackstage.com.br/sumario/sumario/todas-as-iniciativas-de-doacao-de-cestas-basicas

O cadastro do SemanÁudio para doações

https://www.revistabackstage.com.br/sumario/sumario/semanaudio-cadastro-para-ajuda

 


 

 

Acesse:

Joyce - Facebook / Instagram
Aline Paes - Facebook / Instagram

Latexxx - Instagram
Tito Menezes - Facebook
Rodrigo de Castro Lopes / Arte no Áudio - Site / Facebook / Instagram
José Luis Carrato - Instagram
 


 

 

 

 

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