Ahhh, as redes sociais. Nunca elas estiveram tão ao alcance de todos que possuem um teclado, um mouse e a tecla enter!!! Temos um longo assunto pela frente nesse post... Não vou me prender ao mundo de notícias ruins, fofocas, posts destrutivos e desinteressantes, mas ao papel que a internet “de cura” desempenhos desde a Pandemônia.
Vou começar pelos quadros de mais de 400 álbuns, quando atendi o convite dos meus amigos do De Papo Na Web pra esse trabalho muito legal de pesquisa e muita música. Passamos por tudo, do Samba ao Axé, da Soul Music até a Disco, do Popular ao Jazz, Filmes, Cantoras do Radio, o Rock (sempre), a MPB, etc... Já sou um dependente “químico” da música” e essa tarefa durante e depois da Pandemia foi um antídoto pra loucura que foram aqueles tempos de reclusão!!!
Sempre que faço meus posts técnicos, sempre toco no assunto sobre ouvir muita música, discutir as características dos nossos álbuns prediletos, conhecer o gosto de outras pessoas... Em tempos que se tornou procedimento, olhar mais para os softwares e plug-ins do que pra dentro do estúdio, instrumentos e performances (sem generalizar, é claro), a música e sua essência acabaram por ficar atrás da fila, o que é terrivelmente nocivo, concordam??? Um Djavan, um Tower Of Power, um Egberto Gismonti, e por aí vai, podem nos inspirar muito tecnicamente, tornando nosso discernimento nas captações e mixes muito mais filtrado e refinado!!! Pronto falei...
E tecnicamente??? Lives e posts sensacionais sobre equipamentos, concertos, procedimentos no stage e histórias de vários de nossos brothers do áudio, com um foco imenso em compartilhar o melhor!!! Um grande aprendizado todos os dias, afinal nossa história ninguém apaga e o progresso acelerado das ferramentas disponíveis ficou insano, e quem não se atualizou vai ter muito trabalho pra correr atrás... Vou pular também as lives, que apesar de terem sustentado muitas equipes, geravam uma hora de música e outra hora de merchandising, o que era muito chato, confesso.
De volta ao papo técnico, foi muito assustador no retorno dos concertos, com aquele público sensacional parecendo que nunca tinha frequentado um show na vida, carentes de diversão e festas, mas com um mínimo de cuidados de prevenção. Presenciávamos só as gigs usando máscaras no stage e muito pouca gente tomando providências preventivas nos eventos. Um sufoco. E quantos trabalhos conseguimos por compartilhamento???!!! As pessoas precisavam saber onde estavam os técnicos e se já estavam disponíveis, o que gerou uma correria tremenda nas redes e na dança das cadeiras.
Compartilhar é uma benção, compartilhem ideias, shows, equipamentos, procedimentos, e outras coisinhas mais... Compartilhar enriquece, cria novos amigos, novas técnicas. Como diz aquela frase que eu nunca sei o autor; “se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um com um pão, e, ao se encontrarem, trocarem os pães, cada um vai embora com um. Se dois homens vêm andando por uma estrada, cada um com uma ideia, e, ao se encontrarem, trocarem as ideias, cada um vai embora com duas!!!”... Encontro muitas pessoas pela estrada que comentam como foi legal aquele Free Jazz, ou aquela Tour do Milton Nascimento nos tempos do analógico, como curtem os procedimentos atuais nos concertos do C6 Festival, nos stages da Falamansa, minha banda atual, e outros eventos recentes...
Viva o aprendizado, viva o compartilhamento, um brinde ao desapego dos egos inflados!!!... É mais ou menos isso.